Elaboração/correção e arte das reflexões finais do texto da pesquisa de egressos

"A pesquisa de egressos surge como uma ferramenta importante de gestão, que possibilita obter diversas informações acerca da formação ofertada aos estudantes, avaliar a qualidade dos cursos, analisar o impacto dos cursos na sociedade, em termos de empregabilidade, além de fornecer subsídios para formulação das políticas institucionais. A partir da coleta dos dados da pesquisa, tratamento e da posterior análise, pode-se refletir sobre as políticas de Educação Profissional oferecidas pelo IFBA, no que concerne às dimensões de pesquisa categorizadas, dentre elas: perfil do egresso, inserção no mundo do trabalho, melhoria de qualidade de vida, repercussões do IFBA quanto às transformações locais. A elaboração dessa pesquisa foi um grande desafio, tendo em vista ser a primeira pesquisa dessa natureza a ser realizada na Instituição e também pela dificuldade de levantamento dos dados atualizados dos egressos. Contudo, diversas ações conjuntas deram origem a este relatório com a sistematização dos dados coletados para publicação na página do IFBA, respeitando o princípio de consulta pública da comunidade interna e externa, especialmente na criação de um possível Programa de Acompanhamento de Egressos (PAE). Trata-se de uma iniciativa importante para compreender as repercussões sociais formativas oferecidas pelo IFBA. Observa-se ainda a necessidade de criação de ferramentas digitais de acompanhamento idealizadas de forma interativa, intuitiva e dinâmica que sejam capazes de despertar o interesse do egresso no processo contínuo de captação e atualização de um banco de informações. Para a condução das próximas Pesquisas de Egressos, sugere-se a construção de um módulo de egressos, além de um esforço coletivo nos campi e Reitoria para lançar em meio digital, os contatos dos egressos, que concluíram seus cursos antes de 2016, expandindo o repositório de dados. Para identificar o possível público atendido pela Instituição, a pesquisa buscou coletar diversas informações relacionadas aos dados pessoais dos egressos que possibilitou identificar a faixa etária, as diversidades étnicos-raciais e religiosas dos ex-estudantes do IFBA. Buscou-se também investigar o perfil dos egressos que saíram da Instituição há pelo menos três anos para identificar as peculiaridades de sua trajetória acadêmica e a constituição de sua trajetória profissional após a formação do curso no Pesquisa de Acompanhamento de Egressos 80 Reflexões Finais IFBA. Esse tempo histórico permitiu fornecer informações que mostram se houve ou não a inserção desses egressos no mundo do trabalho e as modificações institucionais avaliadas pelos estudantes. Os dados coletados sobre o perfil dos egressos mostram a predominância de respondentes pretos ou pardos com faixa etária entre 19 e 25 anos, o que nos mostra a relevância de políticas de ações afirmativas voltadas ao público jovem. Nesse sentido, as políticas afirmativas devem ser fortalecidas a esse público, bem como promover ações de acolhimento no início de sua integração na Instituição. Como já citamos, existe uma iniciativa a ser operacionalizada denominada PartiuIF. A sistematização dos dados desta pesquisa pode servir como guia para mobilizar revisões curriculares ou de cursos, particularmente quando os egressos apontam a relevância das atividades práticas desenvolvidas como: as “Práticas de Laboratório”, “Projetos de Pesquisa”, “Estágio” e “Visita Técnica/Aulas de Campo” durante a sua trajetória acadêmica. Reforçando a importância dessas atividades complementares para formação e atuação profissional dos egressos. Indicam, ainda, a relevância da constante revisão curricular dos cursos ofertados diante das necessidades sociais da formação ofertada pelo IFBA. Diante desse contexto, o fortalecimento de parcerias institucionais e a ampliação de iniciativas de formação na concretude real, tornam-se medidas essenciais para ampliar a qualidade da educação ofertada e ampliar as oportunidades profissionais dos egressos. Os dados coletados evidenciam uma melhoria significativa na qualidade de vida dos egressos, conforme demonstrado pelos indicadores de empregabilidade, de renda e maior acesso à educação, cultura e lazer. Apesar de uma parcela expressiva dos egressos ainda apresentar renda mensal entre um e dois salários mínimos, refletindo a média nacional, observa-se um avanço nas condições socioeconômicas após a conclusão do curso no IFBA. Foi identificada a necessidade de ampliar as oportunidades de integração entre pesquisa e extensão, visando promover a troca de saberes acadêmicos e populares. O fortalecimento dessas dimensões é essencial para uma formação integral alinhada às demandas sociais. Além disso, a inclusão dos estudantes em projetos de pesquisa e extensão contribui para o protagonismo estudantil e para o desenvolvimento acadêmico, Pesquisa de Acompanhamento de Egressos 81 Reflexões Finais profissional e cidadão. Cabe ressaltar que os institutos federais mantêm o compromisso de articular a qualificação profissional com as demandas dos Arranjos Produtivos Locais (APLs). Em relação à inserção no mundo do trabalho, apenas 10,89% dos egressos relataram ausência de ofertas de emprego em sua área de formação, evidenciando que a formação oferecida pelo IFBA atende, em grande parte, às expectativas profissionais. Entretanto, 22,03% dos entrevistados indicaram escassez de oportunidades na área específica de formação. Esses resultados indicam que, embora a formação ofertada pelo IFBA desempenhe um papel relevante no processo de empregabilidade, muitos egressos ainda precisam migrar para outras regiões em busca de oportunidades. Tal cenário aponta para a importância de revisar as políticas de expansão dos institutos federais, com foco no fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais, ampliando as perspectivas de inserção profissional nas regiões de origem dos concluintes. Conforme Pacheco (2011), os institutos federais desempenham um papel estratégico no desenvolvimento regional, devendo promover a sustentabilidade e articular ensino, pesquisa e extensão para oferecer uma formação contextualizada e inclusiva. Nesse sentido, torna-se imprescindível ampliar a participação estudantil em projetos de pesquisa e extensão, não apenas para potencializar a formação acadêmica, mas também para contribuir com a transformação social das comunidades atendidas. Em relação à opinião, as críticas, os elogios e as sugestões dos egressos sobre sua participação na pesquisa institucional, faz-se necessária uma análise criteriosa das categorias de avaliação e da quantidade de questões aplicadas. Diversos relatos dos egressos indicaram satisfação em terem sido contatados pela Instituição para compartilhar suas experiências acadêmicas e profissionais. No entanto, alguns participantes apontaram a extensão do questionário e a falta de clareza em determinadas perguntas. Apesar dessas observações, os egressos demonstraram entusiasmo ao relatar suas vivências durante sua trajetória acadêmica, bem como ao expor percepções que Pesquisa de Acompanhamento de Egressos 82 Reflexões Finais evidenciam pontos de melhoria institucional, ou mesmo críticas incisivas, conforme contribuições elencadas na Figura 11:"